A EDP Brasil anunciou que a sua subsidiária Pecém realizou a primeira emissão de notas comerciais escriturais, sem garantia da EDP Brasil, no valor de R$ 1,5 bilhão, a ser paga mensalmente até julho de 2027 com recursos oriundos do ativo.
De acordo com a companhia, as obrigações advindas desta nota comercial, sem garantia do acionista, referem- se a alavancagem máxima de 3,0x dívida líquida/Ebitda. Além disso, na hipótese de eventual alienação de Pecém a manutenção de participação minoritária de no mínimo 20% do ativo e deverá manter a companhia como prestador dos serviços de operação e manutenção do ativo.
O objetivo da emissão é realizar o pré-pagamento da dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no montante aproximado de R$ 470 milhões e distribuir o restante ao acionista EDP Brasil, para investimentos em projetos que promovam e impulsionem a transição energética.
Segundo a companhia, esta reestruturação permite no curto prazo cristalizar o valor do PPA de Pecém até 2027, a ser reinvestido no crescimento de redes e de energia solar, criando ao mesmo tempo opções que visam o compromisso de desconsolidação do ativo e descarbonização, conforme estabelecido no plano estratégico 2021-2025.
Vale destacar que a Pecém é uma usina térmica movida a carvão mineral, com capacidade instalada de 720 MW, com contratos de energia (PPAs) vigentes até julho de 2027 e contrato de autorização até janeiro de 2044. O ativo possui receita fixa mensal de R$ 80,5 milhões e patrimônio líquido de R$ 2,8 bilhões.